15 de novembro de 2010

A Luz da Manhã

Já sei o que é acordar de manhã com vontade de te ver. De sentir-te perto de mim, aconchegando-me o coração. Sei que estás só, com a cama fria fazendo-te companhia nas noites frias e escuras. Sei que estudas à luz do teu candeeiro de cor âmbar que cria a atmosfera mágica que me faz sonhar. Sei que vês os dias passarem sem o vislumbre de um amanhecer mais claro. Sou a tua esperança.
Oh, hoje acordei ao som da minha música preferida. O cheiro do meu perfume pelos lençóis enriquecia a atmosfera que desenhei para mim. Sorri e abracei a minha almofada. Sim, é o aperto que te queria dar, um aperto bem forte. Imagino os teus braços a envolverem o meu corpo esguio, a tua mão a acariciar a minha face rosada, o calor do teu corpo a aquecer a minha alma. Sinto a textura do teu cabelo castanho claro na minha mão, do sabor a mel da tua saliva doce na minha boca. Quero sentir o teu corpo em mim. Quero um pouco de ti em mim.
Acordei e sorri para o Simba. Ele olha-me feliz. Vejo as coisas mais bonitas.
Como será o teu acordar? Descontraído como tu, de certeza. Imagino-te enfrentando o frio da manhã de mãos tímidas nos bolsos e com a boca sobre a gola do casaco. És assim, o meu oposto necessário.
Quero-te assim, quero-te para mim. Gosto de ti.

3 comentários:

  1. adorei a do "oposto necessário". És um romântico señor Mark

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  2. É curioso como só ao fim de tantos anos a dormirmos sozinhos nos apercebemos de que, de facto, o fazemos.

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  3. Estás nitidamente a necessitar dormir acompanhado...

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