30 de abril de 2010

Glamour

O glamour é uma característica associada ao dinheiro ou à fama. Mas não necessariamente. O glamour é, na sua essência, uma característica que todos podemos ter. Afinal, o que é o glamour? O glamour pode traduzir-se como sendo um certo charme que faz parte da nossa personalidade, ou não. Algumas pessoas nascem com uma tendência inata para o glamour, sendo que outras têm de o aperfeiçoar ou mesmo adquirir ao longo do tempo. O glamour está, por isso, presente nas mais diversas situações do nosso quotidiano. Regra geral, o glamour é facilmente observável quando prestamos a devida atenção às pessoas que nos rodeiam. É aquele encantamento natural que alguns possuem. O glamour não está directamente ligado à educação. São distintos, mas têm alguns elos de ligação. Vejamos, uma pessoa educada pode não ter glamour algum, no entanto, uma pessoa que tem glamour terá de ser obrigatoriamente educada. Isto porque a pessoa que tem glamour sabe agir em conformidade com as mais diversas situações. Sendo mais objectivo e só para exemplificar, a pessoa glamorosa (neologismo) tanto almoça num excelente restaurante como num restaurante que não tem tanta qualidade. O mesmo se aplica nos relacionamentos. É evidente que a pessoa com glamour não faz distinção de nível social nas suas amizades, mas pode preferir o relacionamento com pessoas da sua classe social. Não é, de todo, uma condição sine qua non para se ter glamour. Pessoalmente, conheço pessoas conotadas como sendo pessoas de bem e que não têm educação alguma, porém, também conheço pessoas com um nível de vida inferior que têm uma educação e um glamour surpreendentes. Estas últimas, cultivaram em si o glamour. Têm aquele encantamento que fica sempre bem em qualquer situação. Não confundir o glamour com o snobismo atroz e repugnante. O snobismo advém de preconceitos infundados e, geralmente, esconde em si passados duvidosos que se pretende que não sejam descobertos, nomeadamente, passados ligados a níveis de vida inferiores e que tanto envergonham algumas pessoas. O glamour é diferente de tudo o que é previsível e comum. É a educação, o saber-estar, a elegância social, o charme intelectual e a pose arrebatadora. Todos, sem dúvida, o podemos ter. Basta querermos. Não é um trabalho difícil. Num país vulgar como aquele em que vivemos, o glamour é uma mais valia até mesmo nos relacionamentos pessoais. A pessoa com glamour também pode cometer alguns excessos, afinal, somos humanos. Mas é precisamente na forma como lida com esses excessos que a torna tão especial. Excessos, entenda-se, algumas vulgaridades. Absorvemos tudo. Somos permeáveis a essa explosão social de vulgaridade diária, presente na TV, na rua, com as pessoas com as quais nos cruzamos e não temos nada em comum... Não obstante, temos de fazer uma selecção e evitar a absorção desses comportamentos. A diferença faz todo o sentido.
O glamour torna as pessoas «únicas». É o que nos distingue. Cada um terá o seu livre-arbítrio. Compete-nos a decisão de querermos ser diferentes, ousados e com glamour, ou banais e vulgares numa mancha homogénea de profundo vazio de valores e de postura social. 

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