10 de maio de 2008

Porque é que as pessoas mudam tanto?

Interrogo-me, por vezes, porque é que as pessoas mudam tanto... Chego à conclusão de que talvez não mudem, mas apenas transpareçam partes de si que estavam ocultas... Alguém, certamente, já teve uma mudança súbita de comportamento por parte de um familiar ou de um amigo... É decepcionante, é certo, mas temos de aprender a viver com o facto de que nos podemos ter enganado em relação a certas pessoas... A dor, por vezes, é imensa, mas acredito realmente que Deus arranja, passo a expressão, sempre uma forma de nos compensar. Nada é eterno, e nem mesmo a nossa dor pungente o é. Tudo tem um princípio e um fim, incluindo as coisas más e as coisas boas. Não falei no amor, em cima, quando me referi a decepções, precisamente para poder destacar essa parte que a meu ver está em volta de alguma complexidade. Quando se gosta de alguém, e de alguma forma não se é correspondido, o tempo ajuda a cicatrizar as feridas que a realidade possa causar. O mesmo sucede quando se é vítima de traição por parte da pessoa amada. Alguém acredita em sofrimento eterno? O tempo encarregar-se-à de fazer esquecer esse episódio e trará um novo amor que irá compensar o anterior, é a minha convicção pessoal. Quantas vezes não olhamos para trás e recordamos situações que na época eram desesperadoras e agora parecem insignificantes e mesmo irónicas, que nos provocam um sorriso nos lábios? A mim já me sucedeu imenso. Por isso, embora seja difícil de o aplicar nas situações presentes, já que só o vemos à distância, devemos sempre pensar que melhores dias virão e que tudo pode terminar num grande alívio e numa enorme gargalhada, embora esta última só o tempo a pode trazer. Tudo isto se aplica a todas as circunstâncias da vida e não a casos específicos. Calma e serenidade, é tudo o que se pede e tudo o que todos nós necessitamos.

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